quarta-feira, 21 de maio de 2008

Desnutrição na infância pode provocar obesidade?

Brasília, 14 de janeiro de 2005 - 10h

Sim. Estudos mostram que a doença aumenta cada vez mais entre as populações de menor renda. Distúrbios orgânicos e má alimentação são alguns dos fatores responsáveis
O desnutrido de hoje poderá ser o obeso de amanhã. É o que dizem especialistas. Eles garantem que obesidade não é só doença de rico. Famílias de baixo poder aquisitivo estão expostas ao problema, que também é de natureza social e pode ter relação com a desnutrição na infância. De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no período de julho de 2002 a junho de 2003, com o apoio do Ministério da Saúde, em adultos acima dos 20 anos, 38,6 milhões de brasileiros estão acima do peso. Desses, 10 milhões são obesos.

Para a coordenadora da Política Nacional de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Maria de Fátima Carvalho, o estudo é muito importante e não pode ser interpretado equivocadamente. “A pesquisa publicou dados sobre a população adulta. Esses dados trazem tendências de médias nacionais que podem encobrir diferenças importantes de gênero, raça e estado fisiológico. Essas tendências precisam ser investigadas”, afirma Maria de Fátima.A coordenadora destaca estatísticas do estudo que mostram que as mulheres mais pobres, em idade fértil, têm maior prevalência de desnutrição e, portanto, podem gerar crianças de baixo peso, com maior risco de morrer no primeiro ano de vida. Segundo ela, esse quadro indica que a desnutrição continua a ser problema no Brasil. Junto a isso, informações de pesquisas anteriores ainda revelam prevalência alta de desnutrição crônica em crianças menores de cinco anos, resultado de exposições freqüentes à fome e às doenças infantis desde o nascimento. A diminuição da desnutrição na idade adulta e o aumento do número de obesos é uma tendência no Brasil desde meados da década de 80 e caracteriza o que os especialistas chamam de transição nutricional. “Isso é conseqüência do aumento da expectativa de vida, associado às mudanças nos padrões tecnológicos, culturais e sociais e no estilo de vida, mas não significa que o País resolveu o problema da fome”, ressalta Maria de Fátima. “Em um domicílio onde moram obesos podem existir crianças desnutridas. É necessário acabar com a concepção de que o problema da obesidade é da classe rica. Hoje ela é um problema de todas as classes sociais”, reforça. Na opinião de Maria de Fátima, a coexistência entre obesidade e insegurança alimentar e nutricional em uma mesma família desperta perguntas sobre a associação entre fome e excesso de peso. “Como explicar que indivíduos que não possuem dinheiro necessário para a alimentação podem apresentar excesso de peso?”, questiona a coordenadora. Maria de Fátima lembra que em outros países estudos demonstraram essa relação e apontaram que entre as mulheres altas taxas de obesidade associam-se à desnutrição, à pobreza e ao baixo nível de escolaridade. “No Brasil ainda não temos estudos que expliquem com clareza esse paradoxo. Precisamos desses estudos para compreender essa situação e assegurar intervenções governamentais que incluam a prevenção e o declínio da obesidade”. A opinião de Maria de Fátima é compartilhada pelo coordenador do Comitê Permanente de Nutrição das Organizações das Nações Unidas (ONU) no Brasil, Flavio Valente. “Não podemos tratar a obesidade como um problema individual e sim como uma questão de preocupação pública”, afirma.
Valente também encara a pesquisa do IBGE como um alerta às conseqüências da fome. “A pesquisa não trouxe novidades positivas como muitos alardearam. Hoje, cerca de 40% das mulheres em idade fértil sofrem de anemia” explica. Flávio Valente lembra que o combate à desnutrição infantil começa desde que a criança está na barriga da mãe. Por isso, as mulheres necessitam de atenção especial. Estudos científicos demonstram que a criança que sofre de desnutrição, desde o ventre até os dois anos, têm o seu metabolismo afetado. Essa disfunção faz com que no futuro essa criança tenha tendência a desenvolver a obesidade.


As Informações são da Agência Saúde Assessoria de Imprensa da Anvisa

terça-feira, 20 de maio de 2008


Brasil em sexto lugar no ranking


Publicaçao do Jornal de Pediatria

Jornal de Pediatria

ISSN 0021-7557 versão impressa

Resumo
CALDEIRA, Reinaldo José do Amaral, FONSECA, Vânia de Matos, GOMES JUNIOR, Saint Clair dos Santos et al. Prevalência de doença mineral óssea em adolescentes com fibrose cística. J. Pediatr. (Rio J.), jan./fev. 2008, vol.84, no.1, p.18-25. ISSN 0021-7557.

OBJETIVO: Avaliar a prevalência de doença mineral óssea em adolescentes com fibrose cística e associar os achados com as variáveis estudadas. MÉTODOS: Foram selecionados 37 adolescentes, dos quais foram avaliados: estado nutricional pelos índices de altura/idade e massa corporal/idade; densidade mineral óssea da coluna lombar e corpo inteiro por densitometria com emissão de raio X de dupla energia; ingestão dietética diária pelo registro alimentar de 3 dias; e prova de função pulmonar pelo volume expiratório forçado no primeiro segundo. RESULTADOS: A média de idade foi de 13,2 (±2,8) anos. O estado nutricional adequado foi de 70,3 e 75,7% pelos índices de altura/idade e de massa corporal/idade, respectivamente; 54,1% dos pacientes apresentaram redução da densidade mineral óssea para coluna lombar e 32,5% para corpo inteiro. Houve correlação positiva entre densidade mineral óssea e índice de massa corporal (p = 0,04). A doença pulmonar e a insuficiência pancreática apresentaram correlação com a alteração da densidade mineral óssea. O inquérito alimentar revelou percentuais de adequação para o cálcio, fósforo e calorias, de acordo com a recomendação nutricional preconizada pelo Consenso Europeu de Fibrose Cística. Essas variáveis não se mostraram estatisticamente significantes na análise multivariada. CONCLUSÃO: A prevalência de doença mineral óssea é alta na adolescência. O estado nutricional adequado, a reposição de enzimas pancreáticas e o controle da doença pulmonar podem ter efeito protetor para a massa óssea.


© 2008 Sociedade Brasileira de PediatriaAv. Carlos Gomes, 328 cj. 30490480-000 Porto Alegre RS BrazilTel.: +55 51 3328-9520


Fonte: SciELO

Resultado de Pesquisa com a ferramenta LILACS

481698
Autor: Bachiega, Cristiane Meire Martins Vieira.
Título:
A prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares e a influência nas alterações posturais do aparelho locomotor .
Fonte:
Botucatu; s.n; 2006. 100 p. tab, mapas.
Idioma:
Pt.
Tese:
Apresentada a Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Medicina de Botucatu para obtenção do grau de Mestre.
Resumo:
A obesidade em crianças e adolescentes tem crescido mundialmente em proporções epidêmicas. A maioria das alterações posturais passíveis de serem observadas nos obesos não são exclusivas dos mesmos, mas surgem nesses com maior frequência em virtude da ação mecânica desempenhada pelo exagero da massa corporal e o aumento das necessidades mecânicas regionais. Tratou-se de um estudo transversal, com 389 escolares, faixa etária entre 6 e 16 anos, de ambos os gêneros, de uma escola privada e duas públicas, provenientes da área urbana de Penápolis-SP, matriculados e cursando o ensino fundamental no ano letivo de 2.004 no período da manhã. O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência do sobrepeso e da obesidade sobre o sistema musculo esquelético de escolares do ensino fundamental. Para tal, foram executadas medidas de altura e massa corporal para obtenção do IMC, impressões plantares, quantificação de fotos digitais, por meio da biofotogrametria computadorizada e questionário para avaliação econômica. Foram avaliados 389 escolares, sendo 220 (56,5%) do gênero feminino e 169 (43,5%) do masculino. A prevalência de sobrepeso foi de 14,91% e obesidade 15,68%. No gênero masculino houve maior proporção de escolares obesos (21,42%) que com sobrepeso (10,11 %). Os resultados demonstram alta prevalência de sobrepeso e obesidade e que não houve diferença estatisticamente significativa entre classificação econômica e estados nutricionais. Em relação ao arco plantar e estado nutricional, o pé plano direito obteve maior proporção de obesos. Observou-se que os diferentes tipos de pés estão distribuídos de maneira semelhante nos escolares obesos, enquanto que os magros, eutróficos e sobrepesos apresentaram maior proporção de pé cavo e normal. O pé esquerdo apresentou resultados semelhantes ao direito, com exceção do escolar eutrófico que apresentou maior proporção de pé cavo...(AU)
Descritores:
Obesidade/complicaçõesAntropometria/métodosFotogrametria/métodosPostura/fisiologiaSaúde Escolar
Limites:
HumanosMasculinoFemininoCriançaAdolescente
Responsável:
BR33.1 - Divisão de Biblioteca e Documentação

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Deve-se colocar dentro da Dieta das crianças saladas, pois as saladas são ricas fontes de proteínas e vitaminas, e de mais importante tem poucas gorduras!

Atitudes para uma alimentação saudável:

-Aumentar o consumo de frutas, vegetais e grãos integrais;
-Diminuir o consumo de gorduras animais, que são fonte de colesterol;
-Diminuir o consumo de açúcar refinado;
-Diminuir o consumo de sal e de alimentos ricos em sódio (ler o rótulo);
-Procurar relaxar antes das refeições, o estresse pode aumentar a sensação de fome;
-Evitar líquidos durante as refeições;
-Evitar o excesso de condimentos como catchup, mostarda, maionese... prefira ervas naturais;
-CUIDADO COM O DIET E O LIGHT, não abuse pois eles contém calorias e não farão milagres --se o problema for erro alimentar;
-Estimular a criança e a família a práticas de exercício físico com regularidade e orientação;
-Fazer as refeições em locais tranqüilos, sem música alta ou televisão;
-Estimular a criança a preparar seus próprios alimentos; principalmente lanches para levar à escola;
-Mastigar bem os alimentos.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Obesidade Infanto-juvenil

A obesidade é uma doença multifatorial complexa, que se associa a outros fatores de risco cardiovascular como hipertensão arterial, dislipidemias, diabetes mellitus, entre outros problemas. Caracteriza-se por excesso de tecido adiposo, e ocorre pelo balanço energético positivo de forma crônica, isto é, uma ingestão calórica que sobrepassa o gasto calórico.
A obesidade é uma doença multifatorial complexa, que se associa a outros fatores de risco cardiovascular como hipertensão arterial, dislipidemias, diabetes mellitus, entre outros problemas. Caracteriza-se por excesso de tecido adiposo, e ocorre pelo balanço energético positivo de forma crônica, isto é, uma ingestão calórica que sobrepassa o gasto calórico.
Nos últimos trinta anos, observa-se um aumento significativo na prevalência da obesidade juvenil. Um estudo realizado em todo território canadense mostrou que houve um aumento acentuado na prevalência do sobrepeso e da obesidade juvenil entre 1981 e 1996. Esse rápido aumento ocorreu também nos países da Europa Ocidental e em países de regiões como a América Latina, Sudoeste Asiático e África, locais onde as crianças são, tradicionalmente, desnutridas.
As causas da atual epidemia de obesidade juvenil não são claras. Há três causas possíveis: mutações genéticas, aumento da ingestão calórica e redução do gasto energético.
Sabe-se que a redução no tempo gasto em atividades físicas e o aumento desse em atividades sedentárias como assistir televisão e brincar com jogos no computador são fatores importantes. Em estudo realizado com mais de 4000 crianças e jovens com idade entre 8-16 anos, que participaram da pesquisa nacional (NHANES III) observou-se que a prevalência da obesidade era mais elevada entre aqueles que assistiam TV por, pelo menos, quatro horas/dia e mais baixa entre aqueles que faziam isso por, no máximo, uma hora/dia.
O tratamento não farmacológico da obesidade por meio da dieta hipocalórica e com baixa quantidade em gorduras associadas à atividade física regular constitui a base do tratamento para a diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares em indivíduos obesos.
Os principais efeitos do treinamento físico referem-se às adaptações metabólicas que favorecem o controle dos fatores de risco de doença cardiovascular. Pode-se dizer que a prática regular de exercício físico, apesar de não provocar perda de peso corporal tão intensa quanto a dieta hipocalórica, preserva a massa magra, atenua expressivamente outros fatores de risco cardiovascular e evita o reganho de peso.

Fonte:
http://www.rgnutri.com.br/sqv/adolescentes/oju.shtml

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Grandes alvos da obesidade


Obesidade infantil


Segundo o Manual de Psiquiatria Infantil, de 1983, uma criança é considerada obesa quando ultrapassa em 15% o peso médio correspondente à sua idade, desde que o excesso de peso corresponda ao acúmulo de lipídios, fato que pode ser avaliado pela espessura da prega cutânea. No entanto, não é fácil estabelecer parâmetros que definam, com precisão, o limite entre peso normal, sobrepeso e obesidade.De acordo com a professora Marília de Brito Gomes, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), não há como separar o termo obesidade de excesso de gordura corporal. "Admite-se que para a raça humana, a percentagem de gordura corporal situe-se entre 15 e 18% para o sexo masculino e entre 20 e 25% para o sexo feminino. Podem ser considerados obesos os homens com percentual superior a 25% e as mulheres com mais de 30%".
Fonte: http://boasaude.uol.com.br